17 de junho de 2008

11 de junho de 2008

Noticia da ETVO no Jornal da Região


Festas Populares - Moinhos da Funcheira

O cartaz das Festas Populares nos Moinhos da Funcheira:

4 de junho de 2008

2 temas para publicação - Jornal da Região

From: moinhosdafuncheira@hotmail.com
To: comercial@jornaldaregiao.pt
CC: moinhosdafuncheira@hotmail.com; geral@cm-amadora.pt; imprensa@cm-amadora.pt; ambientalistas_da_amadora@aeiou.pt; jfsbras.amadora@netcabo.pt
Subject: 2 temas para publicação no Jornal da Região da Amadora
Date: Wed, 4 Jun 2008 22:29:54 +0000

Boa noite,

Vimos por este meio, reportar 2 assuntos bastante importantes para a zona dos Moinhos da Funcheira na Amadora.

A situação mais grave e que já se verifica há bastante tempo, é o facto de termos na nossa zona, uma Estação de Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) em que recebemos diariamente centenas de camiões com lixo de toda a grande Lisboa e ainda por cima devido ao seu mau funcionamento somos frequentemente atingidos com maus odores.É necessária uma acção o mais rápido possivel e que defenitivamente coloque esta unidade a funcionar correctamente, pois sistematicamente o ar que respiramos para além de não ser agradável, resta saber se será prejudicial à saúde.
Esta situação verifica-se em qualquer tipo de estação do ano, mas sempre que chega o tempo mais quente, tende a agravar-se, tornando-se urgente uma acção o quanto antes.


Outro assunto não com um tão elevado grau de importância, como o assunto inicial, é o da falta de caixas multibanco a servir a nossa zona, o que para quem se desloca a pé para realizar compras no comercio local, por exemplo, se torne complicado. A Junta de Freguesia empurra para os bancos, os bancos empurram para a Junta de Freguesia, e até agora, e desde há 2 anos para cá, continuamos na mesma... Apenas com uma entidade bancária, e uma caixa multibanco na bomba de gasolina, que por acaso ou não, fica mesmo ao lado da entidade bancária.
Será que os moradores, sempre que necessitarem de levantar dinheiro, têm de se deslocar à saida dos Moinhos da Funcheira, ou ao centro da Amadora, para o fazer? Com crianças e compras, tal deslocação em vez de ser feita a pé poupando o meio ambiente, tem de ser realizada de carro, e assim contribuir mais um pouco para a poluição ambiental?

Agradeço que publiquem estes pedidos no Jornal da Região, pois apesar dos sucessivos esforços, tudo parece continuar na mesma meses após meses...

Anexo um mail de um morador, relativamente à questão da ETVO, que deveriam utilizar para colocar no vosso jornal, conjuntamente com a respectiva resposta da Valorsul.

Atentamente,
Moinhos da Funcheira
http://moinhosfuncheira.blogspot.com/

Mais um email - Mau cheiro ETVO

Boa tarde.

Sou morador a pouco tempo na urb. Do Alto da Mira na Amadora, e deparei-me com uma situação muito grave que desconhecia.
Perto da urb. Existe uma estação de tratamento de lixos da Valorsul, e desde Abril que na urb. Existe um cheiro a lixo muito forte,
Não podemos pôr a cabeça fora da janela da nossa própria casa.
Gostaria de saber se te em conhecimento de alguma acção junto dos órgãos competentes, no sentido de resolver esta questão.
Muito obrigado.
Atenciosamente,

José Castro

Email de morador - Mau cheiro ETVO

Date: Tue, 27 May 2008 22:57:42 +0100
To: moinhosdafuncheira@hotmail.com
Subject: Fwd: Noticia Moinhos da Funcheira - Mau cheiro ETVO
Assunto: Resposta a reclamação de maus cheiros em S. Brás - "CARTA ABERTA À VALORSUL"
Exmos. Senhores

Venho por este meio mostrar a minha indignação relativamente ao estado actual de funcionamento da ETVO.

Como é do Vosso conhecimento, desde o arranque desta unidade que sou contemplado por diversas vezes com os aromas daí provenientes.

Este processo foi contestado desde o inicio, não pelo facto de tal unidade ser instalada, mas porque das propostas apresentadas para a construção do mesmo a que foi adjudicada era a mais barata e das piores que foram visitadas na Alemanha como foi divulgado pelos participantes na visita às unidades alemãs semelhantes, não era também a tecnologicamente mais avançada. No entanto na altura o administrador competente Sr. Rui Godinho assegurava a capacidade e resposta ao solicitado por parte do consórcio vencedor.

O tempo acabou por trazer a verdade ao de cima e mostrar as diversas fragilidades que o concurso e o consórcio tinha, privilegiando o preço ao contrário de uma solução tecnologicamente avançada e o mais adequada possível à população, pois está inserida a 100mts de uma zona populacional.

Após problemas de projecto, autorizações e capacidade de resposta por parte do consórcio vencedor que atrasaram em vários anos a inauguração da ETVO, iniciou-se o período de testes, supostamente alguns meses, mas que se transformaram em 2 anos de martírio.
2 anos em que a população serviu de cobaia ao mau dimensionamento da instalação e aos diversos problemas e avarias que a ETVO teve, que se traduziam constantemente em odores, interferindo assim na qualidade de vida de milhares de pessoas.

Dormia eu no entanto relativamente descansado, pois dizia a Valorsul que só aceitaria a unidade quando todos os problemas estivessem resolvidos e não existissem cheiros, estando por isso a unidade ainda em aperfeiçoamento/obra.

Começa então a saga do despachar a aceitação da obra, por interesses que não são os da população, mas sim os da administração da Valorsul:

- Em Dezembro de 2007 em Assembleia de Freguesia com a presença do Presidente da Câmara da Amadora e da Valorsul representada entre outros pelo Administrador e pela Dra. Ana Loureiro, reconheceu a Valorsul as diversas avarias/anomalias e os cheiros libertados e afirmaram que estavam a ser efectuadas intervenções na unidade até ao final do ano, que consistiam no aumento da capacidade do biofiltro. Estas alterações iriam resolver os problemas, sendo então recepcionada a obra.
Ficaram no entanto levantadas questões e problemas no que respeitava:
a) às avarias e respectiva capacidade de resposta às mesmas, nomeadamente a nível da substituição de peças e falta de equipamento secundário de minimização dos impactos causados, devidos às constantes avarias que os dois anos de teste indicavam;
b) à actualidade/inovação do equipamento instalado devido ao atraso de 8 anos em relação ao projecto inicial da Valorsul que serviu de base à adjudicação da ETVO.

- Em Março de 2008 com toda a pompa é inaugurada a ETVO, com a presença do Secretário de Estado do Ambiente, CMA, Valorsul e demais entidades.

- No final de Abril, inicio de Maio de 2008, durante cerca de 15 dias a população é afectada por intenso cheiro, como não se tinha antes verificado. Informadas as entidades competentes, a Valorsul fechou-se em copas e não deu qualquer informação, dizendo que existia um problema e informaria passados alguns dias o que se passava.
Sabemos hoje, que existiram de facto duas avarias, no Biofiltro e no cais de descarga.
O mais grave é que os responsáveis da instalação demonstraram uma total falta de sensibilidade e de respeito pela população, pois ocorrendo os problemas/avarias, em vez de tentarem minimizar os impactos das mesmas, mantiveram o normal funcionamento da estação, descarregando assim ao ar livre (costumava ser numa zona totalmente fechada) as toneladas de resíduos provenientes de cantinas e mercados e existindo um biofiltro parado, causando o intenso odor.

- Actualmente existem maus cheiros diários, a algumas horas do dia.

A ETVO, deveria caso existisse algum respeito pela população como os responsáveis da Valorsul querem transparecer, ter fechado a instalação até a resolução dos problemas e canalizado os camiões com os resíduos para a incineradora.
O não fazer nada, que foi o que aconteceu permitiu não causar transtornos nem percas monetárias, mais uma vez ganhou o dinheiro em vez do bem estar da população.
É inconcebível como se dá o Ok ao pagamento e se autoriza a recepção de uma unidade com a dimensão da ETVO com apenas um mês e pouco de verificação de eficácia das obras efectuadas no final de 2007/inicio de 2008, principalmente quando o historial não abona nada em favor do consórcio.
A administração e técnicos revelaram uma total irresponsabilidade, na procura de atingirem o objectivo de inaugurarem a ETVO e quem perdeu são os milhares de moradores dos Moinhos da Funcheira/Amadora.

Não posso no entanto deixar de referir também a cobardia de não revelarem aquando dos maus cheiro de Abril/Maio as anomalias/avarias existentes, com receio que caso a população soubesse que tinha uma lixeira a céu aberto, tomasse as devidas providências contestatárias à ETVO.
Esta decisão de adiarem prestar informações às entidades competentes, só demonstra o carácter dos decisores da Valorsul.

Como tal e considerando o acima exposto, eu cidadão Nuno Clemente, morador recenseado nos Moinhos da Funcheira e contribuinte do Estado Português exijo:

- Parecer de comissão técnica totalmente independente sobre o funcionamento da ETVO, possibilidades de melhoria e actualização tecnológica;
- Instalação de medidores de odores, com acesso on-line aos valores nos serviços autárquicos próximos da população;
- Acta on-line de qualquer anomalia/avaria detectadas pelos duties nos livros de duties/ocorrências;
- Acesso à instalação de qualquer morador que reporte odores e que queira verificar a proveniência dos mesmos;
- Aquisição de equipamentos para actuar em situações de emergência/avarias como as ocorridas no final de Março, que visem minimizar o impacto na população destas ocorrências;
- Elaboração por entidade competente e independente de informação à população da lista de perigos e riscos da ETVO;
- Sessões públicas e de esclarecimento à população (com divulgação nas caixas de correio) da actividade, problemas e soluções da ETVO;
- Retratamento profissional e pessoal em carta aberta à população, da administração da Valorsul sobre o erro que foi recepcionarem do consórcio ETVO, com plano de melhorias;
- Contrapartidas no que diz respeito à qualidade de vida dos moradores dos Moinhos da Funcheira devido à instalação de um equipamento defeituoso antigo/mono, odorífero e que movimenta u número significativo de camiões mal cheirosos nas ruas do bairro, como por exemplo:
a) Criação/manutenção de espaços verdes nomeadamente da antiga lixeira da Boba, nas zonas disponíveis para equipamentos nos Moinhos da Funcheira, na zona envolvente à ETVO;
b) Apoio à Higiene Urbana e ambiental provocada pela ETVO e camiões por ela utilizados, como a lavagem de ruas, etc...;
c) Criação de fundo ambiental para beneficio da população.


Sem outro assunto de momento

Nuno Clemente



De: Joana Xavier [mailto:joana.xavier@valorsul.pt]
Enviada: ter 20-11-2007 10:14
Para: nunoamclemente
Assunto: Resposta a reclamação de maus cheiros em S. Brás

Ref.ª E-2007/004270

Exmo. Senhor Nuno Clemente,

Queremos desde já agradecer o seu contacto e a oportunidade que nos dá para esclarecer as suas dúvidas relativamente à actividade da Estação de Tratamento e Valorização Orgânica da Valorsul.
Em resposta ao seu contacto cumpre-nos informar o seguinte: Estamos totalmente empenhados em resolver a emissão destes maus odores que relata de forma definitiva, estando a empreender as necessárias diligencias junto do Consórcio que construiu esta unidade e que actualmente ainda supervisiona a exploração da ETVO.
Lamentamos que o Consórcio não consiga resolver esta situação com maior celeridade. Este está agora a instalar um equipamento de maior capacidade para tratamento do ar proveniente do interior da instalação, prevendo-se que corrija a anomalia. A previsão destes trabalhos é até ao final do ano, tendo tido início já em Outubro.

Manifestamos ainda total disponibilidade para qualquer esclarecimento adicional que julgue necessário.

Com os melhores cumprimentos,
Joana Xavier
Direcção de Comunicação, Imagem e Documentação
Tel.: 219535900
Fax:219535935
http://www.valorsul.pt/